quando duas mãos se permitem tocar,
umas estrelas nascem. outras morrem...
um milhão de possibilidades há mas nada se compara a quando
os dedos, todos eles, tanto de um como de outro, ao se tocarem,
chegam uns aos outros devagar e levemente... ao se tocarem
devem fazê-lo de modo que entre dois dedos de um não haja mais do que
um dos dedos do outro, cuidando ainda pra que não falte dedo do outro
entre cada dois dos dedos do um. ao se encaixarem, devem insistirem,
moldando-se as juntas de um ás do outro, pressionando-se e
apertando-se uns dedos contra os outros no limite desse encaixe,
naturalmente fechando esses dedos todos eles, numa posição de garra,
cravando-se no que agora deixava de ser dedos e passava a ser mão,
cravando-se nas costas das mãos do outro, fundindo-se,
massageando-se, esfregando-se e afastando-se, repelindo-se,
na verdade nada mais que se permitindo o prazer daquele encaixe
novamente, e novamente, e novamente... as palmas podem sentir-se.
o capricho de apalpar com três dedos um só dedo do outro,
de se deixar deslizar com um só dedo por entre vãos,
acariciando ao apalpar os nós, acariciando cada uma das juntas,
deslizando as pontas dos dedos de um por toda a extensão dos outros dedos,
deitando os dedos novamente entre os outros dedos,
encaixados, fechando-se, abraçando-se, cravando-se.
permissão concedida!
umas estrelas nascem. outras morrem...
um milhão de possibilidades há mas nada se compara a quando
os dedos, todos eles, tanto de um como de outro, ao se tocarem,
chegam uns aos outros devagar e levemente... ao se tocarem
devem fazê-lo de modo que entre dois dedos de um não haja mais do que
um dos dedos do outro, cuidando ainda pra que não falte dedo do outro
entre cada dois dos dedos do um. ao se encaixarem, devem insistirem,
moldando-se as juntas de um ás do outro, pressionando-se e
apertando-se uns dedos contra os outros no limite desse encaixe,
naturalmente fechando esses dedos todos eles, numa posição de garra,
cravando-se no que agora deixava de ser dedos e passava a ser mão,
cravando-se nas costas das mãos do outro, fundindo-se,
massageando-se, esfregando-se e afastando-se, repelindo-se,
na verdade nada mais que se permitindo o prazer daquele encaixe
novamente, e novamente, e novamente... as palmas podem sentir-se.
o capricho de apalpar com três dedos um só dedo do outro,
de se deixar deslizar com um só dedo por entre vãos,
acariciando ao apalpar os nós, acariciando cada uma das juntas,
deslizando as pontas dos dedos de um por toda a extensão dos outros dedos,
deitando os dedos novamente entre os outros dedos,
encaixados, fechando-se, abraçando-se, cravando-se.
permissão concedida!
Comments
Post a Comment